domingo, 6 de maio de 2012

Síndrome da Rabdomiólise Equina -SRE- .

Síndrome da Rabdomiólise Equina -SRE- .
Doença que acomete um número significativo de animais, contudo  pouco conhecida e com grande discordância no tratamento e métodos preventivos.
                A rabdomiolise afeta os músculos dos eqüinos, tanto esqueléticos quanto cardíacos. O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contém grande quantidade de filamento citoplasmático de proteínas contrateis ( que geram a força de contração para o movimento) utilizando ATP (adenosina trifosfato). A célula muscular esquelética é adaptada para a produção de trabalho intenso e descontinuo, necessitando de compostos ricos em glicose .
                Quando o músculo exerce uma atividade intensa pode haver uma insuficiência de oxigênio, fazendo que o organismo recorra a glicolise, produzindo assim acido lático que causa câimbras com intensa dor muscular.
                 Essa enfermidade também é conhecida como Azotúria, Doença Da Segunda-Feira ou Tying-Up, e ocorre sempre após um exercício físico prolongado, devido ao esgotamento energético das células. Acomete animais de qualquer raça, sexo ou idade, no entanto, é mais freqüente em éguas com mais de 15 anos de idade. Há varias teorias sobre a pré disposição da SRE, incluindo excesso de carboidratos, hipóxia local (baixo teor de O₂), deficiência de vitamina E ou Selênio, distúrbios metabólicos ou hormonais e etiologia viral.
                Atualmente a teoria mais aceita é que o glicogênio é armazenado no músculo para ser utilizado durante o exercício. Se o glicogênio for quebrado mais rápido que a quantidade de oxigênio disponível para sua utilização  completa, ele será convertido em acido lático.    
Alguns animais que sofrem dessa síndrome, quando não estão em crise, podem participar e ter bons resultados em atividades físicas.  Nos casos em que são produzidas grandes quantidades presentes no músculo, ocorre o aumento até que acido lático  torne-se irritante para o tecido, provocando vasoespasmos, que diminuem a circulação para o músculo reduzindo assim a remoção de acido lático e o transporte de oxigênio no músculo. A diminuição de oxigênio   disponível  aumenta a produção de acido lático. Deste modo, ocorre um ciclo que resulta num nível tão alto de acido lático que causa um dano a membrana celular.  As enzimas Creatina-Kinase (CK) e aspartato-amino-transferase (AST), e as concentrações de fósforo e de mioglobinano sangue podem se elevar devido aos danos musculares, resultante então de uma hipóxia. 
                Dentre os fatores que desencadeiam o mais importante da síndrome da rabdomiolise usualmente é o exercício nos equinos, porem outros fatores podem ser considerados, como temperamento, manejo, nutrição, clima, época do ano, enfermidades concomitantes, entre outros. Recomenda se que animais que já tiveram SRE, tenham uma analise laboratorial através de biopsia muscular.   
Os sinais clínicos
                Os sinais clínicos associados a SRE podem variara consideravelmente, o que pode dificultar o diagnostico. Nos casos discretos, pode ocorrer somente a rigidez após o exercício físico.  Comumente incluem sudorese excessiva, marcha dura, fasciculações e a relutância do animal a continuar o exercício.  A sintomatologia clinica varia de leve rigidez ou encurtamento do passo à incapacidade total de se mover e as vezes decúbito, podendo levara morte. A urina geralmente apresenta uma coloração avermelhada marrom, podendo ficar enegrecida, e dependendo do grau de severidade das lesões musculares e da mioglobina eliminada pelos rins a coloração pode chegar ao tom cor de café. O diagnostico clinico é baseado nos sintomas clínicos e no histórico, precisando ser acompanhado por diagnostico laboratorial. Os valore de Creatina-Kinase, aspartato-amino-transferase e Lactato-desidrogenase são indicadores do grau de lesão muscular e comumente estão acima dos valores admitidos para os soros de animais submetidos exercícios forçados e de alta intensidade. As concentrações plasmáticas de uréia encontram-se elevadas quando ocorre comprometimento renal secundário a um episodio de SRE, devendo levar em consideração que os níveis plasmáticos da uréia podem estar significativamente elevados após exercícios mesmo em animais que não apresentam a síndrome.
Tratamento.
                 O tratamento especifico da SRE é muito difícil de ser realizado, devido as duvidas quando ao mecanismo etiopatogenico da doença, contudo fluidoterapia , e sedativos para tranqüilizar o animal e reduzir as dores musculares, o repouso completo, e em caso de decúbito não deixar que o animal permaneça mais de 1 hora na mesma posição.




     A utilização de fluidoterapia intravenosa agressiva deve ser adotada nos casos mais graves da síndrome, especialmente se há evidencias de pigmentúria. Esta terapia vai tratar da desidratação e auxiliar na diurese e auxiliar na diurese, minimizando a precipitação de mioglobina nos túbulos renais. Fármacos como a xilazina, detonomida, diazepam e o demerol são preconizastes para produzir efeitos sedativos e tranqüilizantes. O DMSO é indicado para o alivio da dor, lembrando que deve ser observada a hidratação do animal, também se indica uso de vitamina E e selênio. E como preventivo aconselho o uso de DMG (dimetilglicina) em forma de suplemento nutricional, pois ele retarda a fadiga e diminui a produção de lactato.                                                             

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

PRINCIPAIS PROBLEMAS ODONTOLOGICOS


 
A odontologia equina vem sendo amplamente abordada, em seminários e congressos da área de Medicina Veterinária, e pode trazer benefícios para todos os seguimentos da eqüinocultura, porque além de melhorar desempenho esportivo, também influencia em toda a fisiologia do animal, já que o cavalo passa em torno de 18 horas por dia se alimentando e precisa que o alimento chegue bem triturado em seu trato digestivo, para um bom aproveitamento do alimento.

 DENTE DE LOBO
 A presença dos “dentes-de-lobo” é culpada por muitos problemas de comportamento em cavalos e por interferir com o bridão e, por isso, estes dentes são freqüentemente extraídos. Alguns usam o argumento de que uma vez que esses dentes não têm nenhuma serventia e podem, em certas ocasiões, causar problemas, eles devem ser sempre removidos.
 O dente de lobo pode ser extraído desde quando ele estiver presente, mesmo quando for localizado em baixo da gengiva, é recomendado que na fase de doma o dente de lobo já tenha sido extraído.
 A manifestação é de dor, sendo diferente em cada individuo, alguns relutam com a cabeça de um lado para o outro, outros negam a virar para um dos lados e as vezes para ambos os lados, uns balançam a cabeça para baixo e para cima, alguns empinam e até caem de costas, outros dão puxões fortes  nas rédeas, tem cavalo que dispara e o outro não da um passo para frente, outros não fazem curva.
Em fim qualquer comportamento indesejável durante a condução desse animal por intermédio de uma embocadura, pode ser devido ao choque recebido pelo dente de lobo e o animal expressa de alguma forma sua reação de dor .
Os dentes de lobo devem ser extraídos apenas por M. Veterinários, pois apenas os veterinários podem fazer as anestesias e sedações necessárias para que esse procedimento seja feito de modo ético e responsável e com os equipamentos corretos sem causar sofrimento ao cavalo.

Ponta dentaria

A doença dentária mais comum em eqüinos é o crescimento de estruturas pontudas nos dentes, freqüentemente chamadas de “pontas de esmalte”,Embora tais pontas também sejam formadas de cemento e dentina quando aumentam de tamanho. Essas pontas crescem nas bordas laterais dos pré-molares e molares  maxilares e nas bordas mediais (linguais) dos  pré-molares e molares  mandibulares, podendo causar laceração das bochechas e da língua durante a mastigação.
Da mesma forma, machucados nos tecidos moles causados pelo crescimento mais localizado de pontas agudas ( chamados tanto de “ganchos” como de “bicos”, “degraus” ou “rampas”), dentes deslocados, ou dor devida a doença periodontal secundária profunda podem resultar na perda de pequenas quantidades de comida parcialmente mastigada, que caem da boca do cavalo durante a mastigação. Este “vazamento” do bolo alimentar ocorre na fase oral da deglutição e, desta maneira, pode ser classificada como uma disfagia oral. O bolo alimentar perdido geralmente é visível no chão fora da baia do animal, ou sob o cocho.     Cavalos sofrendo de crescimento dental excessivo ou outra causa de dor nos dentes podem não conseguir esvaziar completamente a boca de alimento e então acabar, em casos mais graves, tendo inchaços semi permanentes nas bochechas, que ficam parecidas com as de um hamster, devido ao acúmulo de comida fibrosa presa entre as laterais dos pré-molares e molares  e das bochechas. Aparentemente, esse acúmulo é provocado pelo próprio cavalo na tentativa de proteger as bochechas das pontas dentárias na área dos pré-molares e molares superiores. A ocorrência de dor bucal faz o cavalo evitar movimentos normais, mais
largos, de mastigação como os fortes movimentos de trituração, e devido a essa restrição dos movimentos da mandíbula podem-se desenvolver pontas dentárias de forma generalizada  Mais tarde, essas pontas agudas grandes acabarão por também impedir o completo movimento lateral da mandíbula. Por causa da dor oral, alguns cavalos podem também mastigar muito vagarosamente e, neste processo, emitir uns sons fracos mais provocados pela língua ao invés do vigoroso som de trituração da mastigação normal.

RETENÇÃO DA CAPA

A retenção anormal dos restos dos Pré-molar decíduos (chamados capas) pode ocorrer em cavalos entre dois e quatro anos e meio de idade. Estes dentes deciduais normalmente caem por volta dos dois anos e meio, três e quatro anos de idade, respectivamente para os 06s, 07s e 08s (pré-molares), mas pode haver muita variação individual no tempo de troca dos dentes deciduais por permanentes. Se os dentes-de-leite estiverem muito moles ou apenas parcialmente presos na gengiva, eles podem causar desconforto oral por algum tempo. Cavalos afetados podem fazer meneios de cabeça, deixar comida cair da boca, resistir ao uso do bridão e, ocasionalmente, perder o apetite por alguns dias até que os dentes moles caiam. Tais sinais clínicos em cavalos de dois a quatro anos requerem um cuidadoso exame oral procurando-se evidência de dentes-de-leite moles. Se encontrados, eles podem ser removidos  com o uso de um ‘extrator de capas’ especializado ou com um instrumento de lâmina longa e fina. Mesmo não estando mole os pré-molares temporários devem ser extraídos, segundo alguns clínicos, se a “capa” contra-lateral correspondente já tiver caído.





Problemas com os caninos


Os dentes caninos geralmente estão presentes nos cavalos, e presentes em uma proporção muito menor em éguas. (geralmente vestigiais)Tais dentes não se opõem anatomicamente e pode ser esta a razão pela qual se acumulam cálculos, freqüentemente extensos, nos caninos inferiores posicionados mais rostralmente. Diferentemente dos dentes braquidontes, o tártaro não constitui um fator importante de predisposição à doença periodontal em eqüinos, embora a extensa formação de tártaro nesse local causa gengivite, doença periodontal localizada e possa ocasionalmente causar ulceração dos lábios adjacentes. Esses cálculos podem ser prontamente removidos com um fórceps dentário resistente e a doença periodontal mencionada acima. Normalmente regredirá devido à capacidade de regeneração da membrana periodontal eqüina, mesmo em cavalos adultos. Infecções apicais dos dentes caninos ocorrem raramente, e traumatismo (com exposição pulpar) pode causar uma predisposição a infecção em alguns desses raros casos. Dentes afetados talvez precisem ser extraídos. Ocasionalmente, caninos deslocados ou exageradamente grandes podem interferir na mordida e devem, então, ser diminuídos. Dificilmente um dente canino deslocado precisará ser extraído. Devido ao grande comprimento (chega a 7 cm) e aos fortes ligamentos periodontais de suas coroas de reserva, e ao fato de que eles erupcionam mais lentamente que os demais dentes eqüinos, pode ser necessário recorrer mesmo à anestesia geral para a extração de alguns dentes caninos. Alguns veterinários aconselham que se desgastem as partes pontudas da coroa clínica, ou mesmo uma grande parte da coroa clínica dos dentes caninos, principalmente em cavalos de competição que estejam sendo submetidos a exames dentais profiláticos regularmente (ex.: a cada seis meses). A razão é para evitar que esses dentes causem laceração das mãos e braços do profissional durante os procedimentos odontológicos; também se alega que eles podem interferir com o uso do bridão em alguns animais e podem causar estragos em outros cavalos durante uma briga. Não há um consenso a este respeito. O desgaste exagerado desses dentes pode levar à exposição pulpar, o que é doloroso e desumano, além de também predispor à infecção apical dos caninos, possivelmente muitos meses ou anos depois.
 

sábado, 24 de setembro de 2011

Estereotipias, resultado da retirada dos animais da sua natural rotina!

Antes de sua domesticação, os eqüinos possuíam um meio de vida ao qual eram perfeitamente adaptados. Eles gozavam de liberdade e grandes territórios, tinham acesso a extensas pastagens, e um modo de interação social particular com a formação da hierarquia.
            O homem mudou totalmente o modo de vida desses animais, trazendo por conseqüência, algumas reações comportamentais às vezes irreversíveis. Esses comportamentos anormais são denominados estereotipias, são movimentos invariáveis e repetitivos, sem função, considerados potenciais indicadores de desordem fisiológicas com conseqüência do bem estar do eqüino.
            Fica claro que os comportamentos repetitivos como andar na cocheira, trocar o peso de um membro para o outro, engolir ar (aerofagia), morder o cocho (aerofagia com apoio), balançar a cabeça, etc. São exemplos de movimentos repetitivos com pequena variação de forma.
            Roer madeira: Tédio, deficiência de minerais, pouco verde, utilização do volumoso peletizado como único tipo de volumoso e stress, são causas comuns desse distúrbio, contudo, alguns cavalos gostam de roer madeira, no sentido de satisfazer suas necessidades alimentares.
            Aerofagia: Cerca de 5% dos eqüinos apresentam este problema, variando de acordo com a raça e manejo. Este problema não é encontrado em animais tratados somente a campo ou selvagens, assim verificando q morder o cocho é exclusivo de animais confinados. É um comportamento onde o animal move os lábios (podendo mover os lábios ou morder um objeto), flexiona e arqueia o pescoço puxando o ar, engolindo e grunhindo ao mesmo tempo. Alguns cavalos mordem superfícies outros se apóiam a objetos na horizontal.      
 Coprofagia: (ato de comer fezes) é também um vício encontrado nos eqüinos estabulados. Os potros de duas a cinco semanas de idade podem apresentar este comportamento devido ao desenvolvimento do processo de seleção alimentar, para estabelecimento de sua flora bacteriana e suplementação de vitaminas do complexo B. Porém, esta atitude é preocupante quando ocorre em animais adultos, pois pode causar infestações parasitárias, transmissão de doenças e cólicas. Dietas deficientes em proteínas (com menos de 10%) e com pouca quantidade de alimentos volumosos podem também causar a coprofagia. O feno fornecido aos potros a partir do segundo mês de vida, ou no início da estabulação, quando iniciam a ingestão do mesmo, deve ser de boa qualidade e em quantidade adequada, pois, caso contrário, os animais podem ingerir material da cama da baia, adquirindo o vício da coprofagia. O fornecimento de boa qualidade e correta quantidade de alimentos, principalmente de volumosos não peletizados, divididos em varias porções diárias, pode evitar ou eliminar esta alteração de comportamento, pois os animais passarão a maior parte do tempo se alimentando.
            Sacudir cabeça: é um comportamento natural para defender-se contra insetos irritantes. Entretanto, pode se tornar um vício quando manifestado durante a colocação de cabresto ou cabeçada, ou surge repetidamente durante um trabalho. O sacudir vertical da cabeça é um movimento geralmente executado enquanto sozinho na cocheira, num estado de sonolência. Ambos os problemas podem ser causados por afecções de ouvido ou da área nasal 
Bater o pé: ou arranhar repetido com os anteriores leva a desgaste desigual das ferraduras ou dos cascos, bem como o desnivelamento do piso da cocheira. Este hábito se manifesta em: animais confinados, durante a antecipação da alimentação dou de outra atividade, durante viagens em reboque ou caminhão. Casos extremos podem ser prevenidos pela colocação de maneias, o que, no entanto é um recurso que deve ser empregado por pessoas experientes, para evitar acidentes.
            Agressividade: um dos problemas de comportamento mais freqüente nos eqüinos. Sua grande importância se deve aos riscos de causar danos ao homem e a outros animais. As agressões ao homem podem ser resultado do medo ou da resistência, demonstrada através do sentimento de dominância sobre as pessoas. O cavalo estabulado, não tendo oportunidade de fugir, quando sente algum medo, age como agiria o cavalo selvagem em grandes áreas, isso é, para sua autodefesa, torna-se agressor. Os eqüinos podem sofrer também de claustrofobia natural, pois, como são uma espécie que tem o meio ambiente natural composto por grandes áreas, quando presos em baías podem se tornar agressivos ao sentirem pânico. Alguns animais são agressivos somente em certas situações, como quando estão comendo, durante o estro (cio), no manuseio da cabeça ou membros, na baia ou quando são capturados no pasto. A agressão pode ocorrer com pessoas ou com animais, porém a agressividade entre eqüinos é normalmente resultado da disputa de dominância, que determina qual animal será o primeiro a ter acesso ao alimento ou qual irá guiar o rebanho. Para que seja possível o controle da agressividade faz-se necessário que seja diagnosticada a causa do comportamento e o tipo de agressão. A punição às vezes pode ser utilizada nos primeiros momentos após atitude incorreta. Porém, não se deve exceder, pois se mal aplicada, leva ao aumento da agressividade. Por outro lado, as recompensas são de muita eficácia, principalmente em casos mais leves de agressão, ou quando alternadas com uma leve punição. A melhor recompensa para o eqüino é o alimento. Para animais mais agressivos, um tratamento mais drástico pode ser aplicado, colocando-os em baías escuras, sem alimento. O animal passa a receber luz e alimento das mãos de uma única pessoa, aumentando a oferta de luz e alimento na medida em que for se acalmando. A presença de outro eqüino durante o tratamento pode ajudar.

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Em todas as suas formas, a estereotipia, na maioria das vezes é resultado do confinamento excessivo, pois o cavalo por sua natureza é livre e precisa de ao menos um pouco de liberdade diária para se cavalo de verdade, o mais indicado para animais de total confinamento é que seja solto em um potreiro para que sua natureza se manifeste.    


















sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Memoria dos cavalos, crie um vinculo com ele e sempre terá um amigo!

Segundo uma pesquisa da Universidade da Bretanha-França, a memória dos cavalos assim como o seu entendimento da fala, vai muito alem do que imaginamos. O estudo mostra que os cavalos podem ser mais leias até que amigos de longa data. Desde que bem tratados é claro.
            Analisando vinte Anglo-Árabes e três Franceses. Os cientistas testarão o quão os cavalos lembravam-se do treinador e das instruções que aviam sido passadas, depois de oito meses longe dos animais.
            Foi confirmado que eles lembram tanto do treinador como do treino, por dez anos no mínimo. A pesquisa  mostra que os cavalos são leais, inteligentes e de memória longa. Mas cuidado, a memória também vale para as mas lembranças. Segundo o pesquisador Shankey líder da pesquisa, os cavalos mantêm uniões de longo tempo com vários membros de seu grupo, podendo também trabalham reciprocamente com membros de outro grupo para formar suas manadas. As relações dos cavalos são duradouras podendo ser para vida toda.

“Cavalo deus botou no mundo para ser amigo de um amigo seu
Não fala, mas entende tudo quando o dono chega para conversar
No gesto de quem agradece às vezes relincha de satisfação
Parece refletir nos olhos o que vai no fundo do seu coração...”

            Os resultados afirmam que os eqüinos não são diferentes dos humanos nas respostas a estímulos e reforços positivos. “Se comportam, aprendem e memorizam melhor quando o aprendizado for uma situação for positiva, criativa, desafiadora, não entediante e acima de tudo não agressiva.” Afirma Shankey.


            Diferente dos cães, os cavalos respondem melhor a estímulos táteis do que aos verbais, já que a sensibilidade deles é fina, respondem a uma simples pressão de panturrilha, roçar de calcanhares o troca de posição na sela. É importante que todas as atitudes das pessoas, enquanto estejam lidando com os cavalos, sejam feitas de maneira a criar estímulos a reações desejadas. Estes simples atos que estimulam certas reações dos animais, ficam para sempre gravados na memória dos cavalos, tornando o manejo e a convivência muito mais simples e prazerosa. Estes estímulos também podem ser feitos através de recompensas como um "carinho", "conversar" com o cavalo com a voz em tom calmo e agradável ou, ainda, um prêmio como um delicioso torrão de açúcar. Estas atitudes visam fixar na memória do cavalo que, se ele agir de uma determinada maneira ele certamente será recompensado, tanto com carinho como com algum "presente".
            Outra coisa que realmente chama a atenção para a boa memória dos cavalos é o Imprinting: abordagem na primeira hora de vida do potro, massageando em todas as áreas que o homem ira manipular quando ele for adulto, ele é acariciado e por fim sopra-se levemente em suas narinas para que guarde o cheiro e associe com algo bom que teve após seu nascimento.    

 Há dois objetivos com a técnica do Imprinting: treinar o cavalo a não ter medo ou resistência a procedimentos veterinários, ferreiros ou treinamento; e estabelecer uma dominância humana na vida do jovem potro, levando-o a um cavalo adulto mais treinável e confiante. É preciso alertar, entretanto, que a técnica precisa ser executada sempre por mãos experientes e norteada belo bom senso, pois a ocorrência de resultados negativos -- como em todo o treinamento mal realizado -- é latente. Ainda mais tratando-se de animais jovens, ao que pode resultar em um trabalho esplêndido ou desastroso.
Lembrem-se como os amigos humanos, os equinos poder quardar magoas tratem bem os cavalos e tenham bons amigos!
Abraço Flávio Araújo
 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

CUIDADOS COM POTROS -18 A 24 MESES-

 Cuidados gerais:
As precauções desta etapa assemelham-se com as da etapa anterior aos 18 meses. Diferenciando  apenas na ração diária de acordo com o ganho acompanhado. Com 20 a 24 meses os potros refugados deverão ser castrados, e os que continuarem inteiros apartados das fêmeas.
 Acho importante salientar a permanência dos potros a campo até a doma, sendo de preferência racionados.

Potros a galpão:
            Aqueles encerados devem preferencialmente permanecer durante o dia a campo ou a soga, para que tenham maior liberdade e peguem sol, exceto no forte do verão e do inverno. Devem ser rasqueteados e escovados diariamente, como exercício, higiene e estimulo a circulação sanguínea. O banho em dias frios pode ser dispensado exceto que tenham sido trabalhados ou embarrados (neste caso lavam-se somente os membros inferiores para que não entre sujo na cocheira)
Água três vezes ao dia, preferencialmente em bebedouro coletivo e fora do galpão, para forçar o tratador a retirar o animal da baia evitando stress  

Alimentação:
            O verde fica a vontade, ou meia hora antes da ração. Para que faça um lastro alimentar, no sentido de facilitar a digestão do concentrado.
Os cavalos destinados a provas funcionais podem ganhar como alimentação um dos três exemplos a seguir:

Ração
Quantidade
Aveia amassada
Farelo de trigo
Feno de leguminosa
4 partes
1 parte
3Kg
Aveia amassada
Milho moído
Farelo de trigo
3 partes
1 parte
1parte
Aveia amassada
Feno de leguminosa
5 partes
3Kg


As quantidades não são precisas porque um animal para esse fim carece de desenvolver músculos com pouca gordura, sendo assim, calculadas em função do  estado do animal. Este deve  manter-se com uma boa cobertura de carne, onde o ideal é serem pesados a cada dez dias, para observar o aproveitamento de cada cavalo encerrado.
Se o animal estiver sendo preparado para uma prova morfológica, requer melhor apresentação, podendo se usar um dos seguintes tratos:

Ração
Quantidade
Aveia amassada
Milho moído
Farelo de trigo
4 partes
2 partes
1 parte
Aveia amassada
Milho moído
Farelo de trigo
3 partes
2 partes
1 parte

O farelo de trigo é dado como lubrificante de intestino, evitando assim cólicas, que às vezes vem a ser fatais.E falando em aveia amassada esta também  pode ser dada inchada ficando de molho de um dia para o outro. Tanto a aveia amassada como o milho moído aumentam a digestibilidade em 5%.

Vale salientar também a sensibilidade do tratador, pois se tratando de seres vivos, cada um tem seu próprio temperamento, alguns comem mais de vagar, outros de uma vez só, uns tem maior quociente de disgestibilidade, e ainda, pode haver diferença de paladar entre os animais.
           
Cocheiras:
Podendo ser de alvenaria ou madeira. Gosto da medida de 3 metros de comprimento por 4 metros de largura, preferindo o piso de toras de madeira de eucalipto sentadas verticalmente na areia, pois além de escoar bem a urina, o eucalipto é fungicida, podendo também ser piso cimento, porem, esse alem de não escoar o liquido prejudica os aprumos posteriores ( exceto se com ralo para escoamento e cama sintética de borracha.), ou ainda piso de terra batia, este alem de sujar muito a cama tem curta durabilidade.
            A cama pode ser de casca de arroz, palha, maravalha, ou sintético de borracha