domingo, 6 de maio de 2012

Síndrome da Rabdomiólise Equina -SRE- .

Síndrome da Rabdomiólise Equina -SRE- .
Doença que acomete um número significativo de animais, contudo  pouco conhecida e com grande discordância no tratamento e métodos preventivos.
                A rabdomiolise afeta os músculos dos eqüinos, tanto esqueléticos quanto cardíacos. O tecido muscular é constituído por células alongadas, que contém grande quantidade de filamento citoplasmático de proteínas contrateis ( que geram a força de contração para o movimento) utilizando ATP (adenosina trifosfato). A célula muscular esquelética é adaptada para a produção de trabalho intenso e descontinuo, necessitando de compostos ricos em glicose .
                Quando o músculo exerce uma atividade intensa pode haver uma insuficiência de oxigênio, fazendo que o organismo recorra a glicolise, produzindo assim acido lático que causa câimbras com intensa dor muscular.
                 Essa enfermidade também é conhecida como Azotúria, Doença Da Segunda-Feira ou Tying-Up, e ocorre sempre após um exercício físico prolongado, devido ao esgotamento energético das células. Acomete animais de qualquer raça, sexo ou idade, no entanto, é mais freqüente em éguas com mais de 15 anos de idade. Há varias teorias sobre a pré disposição da SRE, incluindo excesso de carboidratos, hipóxia local (baixo teor de O₂), deficiência de vitamina E ou Selênio, distúrbios metabólicos ou hormonais e etiologia viral.
                Atualmente a teoria mais aceita é que o glicogênio é armazenado no músculo para ser utilizado durante o exercício. Se o glicogênio for quebrado mais rápido que a quantidade de oxigênio disponível para sua utilização  completa, ele será convertido em acido lático.    
Alguns animais que sofrem dessa síndrome, quando não estão em crise, podem participar e ter bons resultados em atividades físicas.  Nos casos em que são produzidas grandes quantidades presentes no músculo, ocorre o aumento até que acido lático  torne-se irritante para o tecido, provocando vasoespasmos, que diminuem a circulação para o músculo reduzindo assim a remoção de acido lático e o transporte de oxigênio no músculo. A diminuição de oxigênio   disponível  aumenta a produção de acido lático. Deste modo, ocorre um ciclo que resulta num nível tão alto de acido lático que causa um dano a membrana celular.  As enzimas Creatina-Kinase (CK) e aspartato-amino-transferase (AST), e as concentrações de fósforo e de mioglobinano sangue podem se elevar devido aos danos musculares, resultante então de uma hipóxia. 
                Dentre os fatores que desencadeiam o mais importante da síndrome da rabdomiolise usualmente é o exercício nos equinos, porem outros fatores podem ser considerados, como temperamento, manejo, nutrição, clima, época do ano, enfermidades concomitantes, entre outros. Recomenda se que animais que já tiveram SRE, tenham uma analise laboratorial através de biopsia muscular.   
Os sinais clínicos
                Os sinais clínicos associados a SRE podem variara consideravelmente, o que pode dificultar o diagnostico. Nos casos discretos, pode ocorrer somente a rigidez após o exercício físico.  Comumente incluem sudorese excessiva, marcha dura, fasciculações e a relutância do animal a continuar o exercício.  A sintomatologia clinica varia de leve rigidez ou encurtamento do passo à incapacidade total de se mover e as vezes decúbito, podendo levara morte. A urina geralmente apresenta uma coloração avermelhada marrom, podendo ficar enegrecida, e dependendo do grau de severidade das lesões musculares e da mioglobina eliminada pelos rins a coloração pode chegar ao tom cor de café. O diagnostico clinico é baseado nos sintomas clínicos e no histórico, precisando ser acompanhado por diagnostico laboratorial. Os valore de Creatina-Kinase, aspartato-amino-transferase e Lactato-desidrogenase são indicadores do grau de lesão muscular e comumente estão acima dos valores admitidos para os soros de animais submetidos exercícios forçados e de alta intensidade. As concentrações plasmáticas de uréia encontram-se elevadas quando ocorre comprometimento renal secundário a um episodio de SRE, devendo levar em consideração que os níveis plasmáticos da uréia podem estar significativamente elevados após exercícios mesmo em animais que não apresentam a síndrome.
Tratamento.
                 O tratamento especifico da SRE é muito difícil de ser realizado, devido as duvidas quando ao mecanismo etiopatogenico da doença, contudo fluidoterapia , e sedativos para tranqüilizar o animal e reduzir as dores musculares, o repouso completo, e em caso de decúbito não deixar que o animal permaneça mais de 1 hora na mesma posição.




     A utilização de fluidoterapia intravenosa agressiva deve ser adotada nos casos mais graves da síndrome, especialmente se há evidencias de pigmentúria. Esta terapia vai tratar da desidratação e auxiliar na diurese e auxiliar na diurese, minimizando a precipitação de mioglobina nos túbulos renais. Fármacos como a xilazina, detonomida, diazepam e o demerol são preconizastes para produzir efeitos sedativos e tranqüilizantes. O DMSO é indicado para o alivio da dor, lembrando que deve ser observada a hidratação do animal, também se indica uso de vitamina E e selênio. E como preventivo aconselho o uso de DMG (dimetilglicina) em forma de suplemento nutricional, pois ele retarda a fadiga e diminui a produção de lactato.                                                             

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